
Bioeconomia não possui uma definição única. Para alguns é a aplicação comercial de biotecnologia, para outros a substituição de matérias-primas fósseis por matéria-prima biológica. Bioeconomia é um modelo de produção importante, pois pode ajudar a enfrentar três grandes desafios atuais: as mudanças climáticas, a insegurança alimentar e a perda de biodiversidade.
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“Do ponto de vista acadêmico é um conceito amplo, fluído e em formação. Em 2016, pesquisadores nórdicos fizeram uma ampla revisão de literatura e resolveram classificar a bioeconomia em três grandes visões: bioecológica, biotecnológica e de biorrecursos”, explica Cristina Leme Lopes, gerente de pesquisa, direito e governança do clima no CPI Brasil (Climate Policy Initiative).
A pesquisadora destaca, ainda, que, no Brasil, a bioeconomia ganha uma atenção especial quando se trata de propostas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. A região possui uma grande diversidade biológica e sociocultural e, por isso, tem um potencial muito grande nas visões bioecológicas e biotecnológicas. Mas, a Amazônia também tem muitas áreas degradadas e desmatadas onde a produção de biomassa nessas áreas, por sistemas de agrofloresta, seria uma ótima opção para associar produção com restauro florestal.
Assista, clicando aqui, à entrevista da pesquisadora para o Nexo Jornal.